O uso da inteligência artificial na advocacia é uma tendência cada vez mais presente na rotina de escritórios e setores jurídicos. O motivo do uso dessa tecnologia é bem simples: profissionais do direito estão percebendo que a IA contribui para a eficácia e para a agilidade de vários processos.
No entanto, da mesma força que o uso da inteligência artificial na advocacia avança e torna-se uma realidade, aumenta também a dúvida sobre a aplicação dessa tecnologia e sobre as reais vantagens de contar com essa inovação no dia a dia de advogados e gestores jurídicos.
Por isso, nesse conteúdo vamos apresentar os principais pontos que giram em torno do uso da inteligência artificial na advocacia. Confira:
O que é inteligência artificial?
Inteligência artificial, ou (IA), é uma área da ciência da computação que se propõe a desenvolver tecnologia que reproduz comportamentos cognitivos do ser humano em dispositivos, softwares e ferramentas.
Esse conceito surgiu na década de 1960, quando cientistas começaram a projetar máquinas e dispositivos para ajudar os seres humanos em tarefas, utilizando algoritmos e dados para produzir ações com base no raciocínio e comportamento humano.
Desde então, são desenvolvidas soluções tecnológicas com capacidade avançada de interpretação de dados e algoritmos. Essa interpretação permite maior interação entre máquinas, softwares, dispositivos, aplicativos e pessoas.
Dessa forma, especialistas em inteligência artificial buscam desenvolver soluções tecnológicas capazes de reproduzir o pensamento humano, ajudando as pessoas em diversas tarefas de sua rotina, sobretudo por meio de dados, automação e tecnologia.
Com esse conceito claro, a questão que fica é: como utilizar inteligência artificial na advocacia? A seguir vamos entender essa aplicação.
Uso da inteligência artificial na advocacia
Como falamos, com o avanço da internet, dos processos digitais e da digitalização de atividades do direito, o uso de inteligência artificial na advocacia é algo cada vez mais perceptível e importante para o desenvolvimento dessa área.
Veja 3 atividades diretamente impactadas por essa tecnologia:
Ferramentas de pesquisa jurídica
Um dos casos mais tradicionais de uso da inteligência artificial na advocacia é o da ferramenta ROSS. Uma das primeiras ferramentas de IA para área do direito, o software auxilia profissionais de setores jurídicos na hora de pesquisas em processos, documentos e arquivos.
Por meio da leitura de algoritmos e dados, a ferramenta consegue interpretar esses documentos e apresentar resultados para pesquisas. O resultado é a redução do tempo de pesquisa e a melhoria de respostas encontradas.
Uso da Jurimetria
A jurimetria é uma área jurídica que utiliza bases estatísticas para compreender decisões, tendências, posicionamentos e até mesmo eventos que ocorrem repetidamente no Direito.
O uso de estatísticas e algoritmos permite a ampliação da visão de advogados e gestores jurídicos, tornando processos menos burocráticos e contribuindo para o dinamismo e a produtividade de setores e escritórios de advocacia.
Para uso dessa jurimetria é necessário entender sobre a política Legal Analytics e contar com um software jurídico.
Software para advogados
O software jurídico geralmente está hospedado em um servidor na nuvem. Esse sistema permite a automatização de processos, além da organização e centralização das demandas e informações em um único lugar.
Com a utilização da leitura de dados e algoritmos é possível obter mais velocidade para acompanhar demandas e controlar prazos, evitando prejuízos para todas as partes.
A inteligência artificial não substitui o profissional do direito
Como vimos, são várias maneiras possíveis para contar com a inteligência artificial na advocacia. No entanto, é preciso deixar bem claro que essa tecnologia e toda essa inovação não substitui a atuação de profissionais como advogados e gestores jurídicos.
De uma forma bem simples, podemos dizer que essa tecnologia serve para permitir que todos esses profissionais tenham mais recursos para executarem suas atividades diárias, aumentando a produtividade e também a qualidade de suas atividades.
Para entendermos essa relação, podemos analisar áreas que já contam com inteligência artificial de forma mais enraizada. O exemplo mais simples é a medicina. Do mesmo jeito que a IA está presente em várias áreas da medicina e tal fato não exclui a responsabilidade e a importância dos médicos.
Para finalizar, vale destacar que a inteligência artificial na advocacia é um dos pilares do Direito 4.0. Essa fase da profissão tende a trazer tecnologias e inovações para atividades e processos de todos os envolvidos em um setor jurídico.
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