Impactos da Inteligência Artificial na advocacia

A Inteligência Artificial é um ramo da computação que deriva da Tecnologia da Informação. Seu papel vem impactando cada vez mais profissões em nosso país – e no mundo – , abrindo discussões sobre o futuro tecnológico dentro das corporações. No Direito, não é diferente. A Inteligência Artificial na Advocacia é um caminho sem volta, sendo preciso ter um panorama sobre o cenário a que estamos sujeitos hoje.

A sistematização e análise de decisões judiciais, bem como a dispensa de tarefas repetitivas manuais, são apenas algumas das funções operacionalizadas pela I.A. na Advocacia. Mas, enfim, como lidar com este momento de incertezas e medos sobre o futuro do Direito?

A ascensão da Inteligência Artificial no Brasil

A I.A. está no centro da Revolução Industrial, e tem relação direta com o machine learning, em que as máquinas aprendem com os dados inseridos. Apesar de ter surgido nos anos 1950 e se alastrar em ondas ao redor do mundo, a Inteligência Artificial em nosso país ocorre de forma bem mais sucinta, e é um processo em construção.

Muito desse atraso está relacionado à resistência que empreendedores e as grandes corporações apresentam na hora de aplicar os conceitos principais da I.A. É preciso enfatizar, também, que essa ferramenta tecnológica não muda todos os processos de trabalho da noite para o dia: a adequação exige tempo, esforço e orientação dos gestores envolvidos. O treinamento e o conhecimento sobre a teoria é outra coisa fundamental para que essa implementação seja gradativa e segura.

A Inteligência Artificial na Advocacia

Não apenas na advocacia, mas em outros serviços jurídicos, a I.A. representa hoje uma vontade de crescimento significante. Os anos 1970 foram marcados por uma maior automatização do raciocínio jurídico ao redor do globo, e no cenário atual a substituição da mão humana por análises computadorizadas ganhou força. 

Algumas aplicações são primordiais para observarmos a Inteligência Artificial na Advocacia em prática:

  • Ferramentas preditivas de resoluções judiciais;
  • Instrumentos de revisão contratual e redação de documentos jurídicos;
  • Mecanismos que automatizam processos repetitivos;
  • Aplicativos para solucionar conflitos;
  • Instrumentos de investigação jurídico-legal;
  • Acompanhamento da tramitação de processos;
  • Entre outros.

Mas, apesar de parecer simples, há uma grande resistência por parte dos profissionais do Direito, em geral. Por tantos anos, foi cômodo lidar com papeladas e processos excessivos, mesmo que isso tomasse mais tempo de serviço que o considerado comum. Por isso, hoje é compreensível que o medo de ser substituído por máquinas “mais inteligentes” seja crescente. É esse medo, contudo, que impede o avanço, sendo preciso refletir sobre essa dificuldade de aceitar a mudança.

O benefícios de implementar a Inteligência Artificial na Advocacia

Em destaque, podemos apontar como vantagem a diminuição da atividade manual. É possível, com soluções automatizadas e embasadas na tecnologia, substituir o trabalho jurídico repetitivo pelas análises inteligentes do machine learning. O que, por consequência, torna os dados utilizados mais seguros e ágeis. 

Por outro lado, também há a questão da adaptação e capacidade de lidar com situações novas, o que acaba por moldar os rumos da Advocacia em nosso país. A resiliência deve ser incentivada dentro de escritórios e departamentos jurídicos, pois velhos moldes do Direito atrasam muito a resolução de conflitos e processos. Assim, rumo à Quarta Revolução Industrial na profissão, é necessário repensar o modo de lidar com o cotidiano jurídico.

Alguns mecanismos até mesmo auxiliam em processos que consideramos enrijecidos, como demandas em trâmite nos tribunais e a predição de dados para acompanhar resultados de uma causa. 

Quais são os investimentos iniciais para aplicar a Inteligência Artificial?

O primeiro passo é contratar o serviço de alguns softwares jurídicos e ferramentas que atuem de modo a automatizar processos. Um bom sistema custará relativamente caro, mas deve ser encarado como um investimento que renderá frutos ao longo do tempo. 

No decorrer do processo de migração e adaptação, é fundamental orientar os usuários. Além de conhecer definições teóricas e estudar sobre as aplicações a serem utilizadas, é preciso reconhecer que a prática leva tempo. Treinar os seus advogados nesse momento é crucial, sendo que sem essa motivação será muito mais complicado prestar os serviços necessários de forma qualificada e eficiente. Afinal, a máquina não faz tudo sozinha; é essencial saber como controlá-la.

E a Advocacia, irá acabar? Teremos todos os processos controlados por máquinas?

Pode ficar tranquilo! A Advocacia como a conhecemos não acabará tão cedo, apenas terá apoio de alguns insumos para avançar e se consolidar enquanto campo tecnológico. Uma vez que a I.A. compila dados, resultados e aprende com eles para melhorar performances, a máquina só tem conhecimento sobre o que o banco de dados permite. 

O homem, por outro lado, aprende com seus erros e segue fundamental em todos os processos. Vamos lembrar que há coisas inerentes ao ser humano que não podem ser substituídas, como os sentimentos e a capacidade de lidar com conflitos e pressão! Assim, a Inteligência Artificial na Advocacia atua como um alicerce para a pesquisa, tarefas mecânicas, entre outros aspectos. É até mesmo possível completar tarefas outrora manuais inteiramente pelo ambiente virtual, você sabia? Petições e procurações são apenas alguns exemplos.

É possível concluir, então, que a tecnologia atua em busca do melhor exercício do Direito, garantindo resultados mais precisos e embasados. Além de economizar tempo do gestor, serve para a preparação dos advogados a um futuro que, com toda a certeza, terá a I.A. em sua constituição.

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